Destaque criado em 2014-10-24 e lida 2895 vezes
Se a neve é uma boa razão para rumar à Serra, a arte urbana é ainda melhor. Até domingo, o Wool traz quatro dos melhores artistas urbanos nacionais à Covilhã.
Longe vão os tempos em que arte urbana significava Bristol, Berlim ou Brooklyn, só para usar a letra B. Nos dias que correm, os artistas começam a reunir-se longe das grandes cidades. Por exemplo, na ilha de Djerba, na Tunísia, onde este ano aconteceu o Djerbahood, um dos maiores e mais originais festivais de arte urbana. Ou, na Covilhã, isso mesmo, às portas da Serra da Estrela, onde cada vez mais curiosos se têm juntado desde a semana passada – e não, não foi para ver o Benfica jogar.
O Wool, festival de arte urbana da Covilhã, realizou-se pela primeira vez em 2011. Depois disso, fez as malas e rumou a outras paragens para uma vida nómada. “Nunca mais tivemos apoios para que se voltasse a realizar aqui”, explica Lara Seixo Rodrigues, a organizadora, também ela natural da Covilhã.
Bom filho à casa torna, ou coisa que o valha, e o Wool voltou à cidade natal, graças ao apoio da DGArtes. Desde a semana passada que as paredes do centro histórico da cidade têm sido ocupadas por artistas urbanos portugueses, como é o caso de Bordalo II, Tamara Alves, Add Fuel ou Mr. Dheo. E se a ideia de gigantescos murais no meio de prédios históricos possa parecer inapropriada, os habitantes parecem radiantes. Principalmente os mais velhos.
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